Ei, senhorita!

Carlos Eduárdson:
Posso expor um pensamento?

PF:
Prossiga.

Carlos Eduárdson:
A dantes referida canção, chamada Senhorita, do grupo Motirô...
É muito american style!

PF:
Oh.
Você defende essa posição?

Carlos Eduárdson:
Totalmente.

PF:
Por quais razões?

Carlos Eduárdson:
Concordas?

PF:
Creio que de certa forma.

Carlos Eduárdson:
Pela letra.

PF:
Porém o "american style" subjuga as mulheres, e essa letra as vangloria.

Carlos Eduárdson:
É uma letra vazia, com várias figuras de linguagem.
Sim, as vangloria, porém, veja bem, posso dar um exemplo de anglo-saxonismo.
"Como jogador eu represento": I represent as a playa, yo!
Muito americano isso.

PF:
A estereotipação também se faz presente.

Carlos Eduárdson:
Player, soldier, represent.

PF:
"Todas com poucos quilos".

Carlos Eduárdson:
Sim.
Ele diz que não tem preconceito.
Mas não gosta de gordelícias e/ou obelezas.

PF:
Estereótipo de vagabundo, que arranca as etiquetas de suas camisas.
Vândalo (sic).

Carlos Eduárdson:
Sim.
E o que mais preocupa: auto-vandalismo.
Uma coisa é a pessoa arrancar etiquetas de camisetas de pessoas alheias na rua.
Um exemplo próximo desse conceito é aquele vídeo de um desprovido de sanidade abaixando roupas de mulheres na rua.

PF:
E/ou levantando suas saias e abaixando as respectivas calcinhas, deixando à mostra os cofrinhos brancos como maizena.
Alguns com maizena, inclusive.

Carlos Eduárdson:
Hm.

PF:
*Maizena = hipoglós das camadas pobres da sociedade.